Filme de Jean Renoir (1937).
Guerra à antiga é uma grande ilusão.
Três grandes actores (três personagens tipo): Jean Gabin, Pierre Fresnay e Eric von Stroheim (a fazer de "si mesmo"). Belíssimo realizador de Blind Husbands (1919; uma das melhores primeiras obras do cinema) e o épico Greed (1924, filme incontornável na história do cinema), Stroheim viu a sua carreira de metteur en scène ser interrompida por (ou pelo acaso de) Gloria Swanson , em Queen Kelly (1929), filme em que dirige a estrela do período surdo, que era também financiadora do filme e uma das poucas pessoas ainda dispostas a apostar no excêntrico realizador (mas a meio da rodagem desentenderam-se e o filme ficou incompleto. Os pormenores ficam para outro dia).
Com a mesma Swanson, Stroheim contracenará como seu mordomo (Max Von Mayerling), no inesquecível Sunset Boulevard, 1950, de Billy Wilder (realizador cómico [e genial] que dá continuidade há herança recebida do mestre absoluto, Ernst Lubitsch [To Be or Not to Be, 1942, talvez a obra-prima absoluta da comédia], de quem Wilder chegou a ser argumentista). Stroheim, Lubitsch e Wilder, três realizadores subversivos do humor (como todos os grandes da comédia), mas não exclusivamente.
Do humor Renoir é igualmente mestre, tanto com este Illusion, como com o seu filme maior La Règle do Jeu (1939), enormíssimo prazer cinematográfico (ou Le Carrosse d'Or, 1952, o teatro no cinema - filme que é todo ele uma peça). Em La Règle, talvez lembrando-se de Stroheim, Jean Renoir é realizador e actor.
Stroheim é Von Rauffenstein (em La Grande Illusion)
O cinema é feito de ligações, coincidências, reincidências. A memória idem.
(... pelo acumular de superlativos e de obras-primas do cinema peço desculpa, pois sei que assim de enxurrada apagam-se uns aos outros. Evocar, reviver, marcar, transformar, voltar a imaginar as imagens agora difusas.)
Três grandes actores (três personagens tipo): Jean Gabin, Pierre Fresnay e Eric von Stroheim (a fazer de "si mesmo"). Belíssimo realizador de Blind Husbands (1919; uma das melhores primeiras obras do cinema) e o épico Greed (1924, filme incontornável na história do cinema), Stroheim viu a sua carreira de metteur en scène ser interrompida por (ou pelo acaso de) Gloria Swanson , em Queen Kelly (1929), filme em que dirige a estrela do período surdo, que era também financiadora do filme e uma das poucas pessoas ainda dispostas a apostar no excêntrico realizador (mas a meio da rodagem desentenderam-se e o filme ficou incompleto. Os pormenores ficam para outro dia).
Com a mesma Swanson, Stroheim contracenará como seu mordomo (Max Von Mayerling), no inesquecível Sunset Boulevard, 1950, de Billy Wilder (realizador cómico [e genial] que dá continuidade há herança recebida do mestre absoluto, Ernst Lubitsch [To Be or Not to Be, 1942, talvez a obra-prima absoluta da comédia], de quem Wilder chegou a ser argumentista). Stroheim, Lubitsch e Wilder, três realizadores subversivos do humor (como todos os grandes da comédia), mas não exclusivamente.
Do humor Renoir é igualmente mestre, tanto com este Illusion, como com o seu filme maior La Règle do Jeu (1939), enormíssimo prazer cinematográfico (ou Le Carrosse d'Or, 1952, o teatro no cinema - filme que é todo ele uma peça). Em La Règle, talvez lembrando-se de Stroheim, Jean Renoir é realizador e actor.
Stroheim é Von Rauffenstein (em La Grande Illusion)
O cinema é feito de ligações, coincidências, reincidências. A memória idem.
(... pelo acumular de superlativos e de obras-primas do cinema peço desculpa, pois sei que assim de enxurrada apagam-se uns aos outros. Evocar, reviver, marcar, transformar, voltar a imaginar as imagens agora difusas.)
Sem comentários:
Enviar um comentário