Essa capacidade de escrever a história das lágrimas é o que me toca em Jesper Just. Ele destrói a ideia tenebrosa da «masculinidade» e põe em cena homens a transbordar de emoções (medo, amor, desesperança, culpa, ânsia) mas inibidos. A inibição dos sentimentos «típica» do homem nórdico, mas também a repressão exigida pela da «masculinidade» e a sua representação pictórica. Os homens de Just estão em silêncio mas vivem desejosos de quebrar o silêncio, seja de modo absurdo e divertido, seja de modo visceral e pungente.
p.s.: estou de férias (como na maior parte do ano, mas agora temporariamente deslocalizado) - falésias de mar agressivo, vento forte, céu cinzento (na verdade um pouco por todo o país), sol entre-cortado uma vez por semana, morcegos ao anoitecer, três gatos gémeos, um cão bipolar.
ai esse Mexia mexe tão pouco... O cão bipolar é quem penso que seja?
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