"De forma alguma. Marguerite Yourcenar disse que o essencial não é a escrita, é a visão. Mas para merecermos a visão é preciso muito tempo. Os livros são feitos de tempo. Temos de ler, ver filmes, amar alguém ou alguma coisa, viajar, quem sabe encontrar as nossas personagens… e, acima de tudo, esperar. É preciso descer muito fundo para chegar ao lugar onde o livro se forma. Quando me sento para começar a escrever, o livro já está terminado mentalmente."[entrevista a Ana Teresa Pereira no JL, nº988, 13-26 Agosto de 2008]
Em Novembro último saiu, pela Relógio d'Água, outro livro de Ana Teresa Pereira, O Fim de Lizzie e Outras Histórias, que reúne duas histórias já lançadas em O Fim de Lizzie (Bolso Independente, 2008) - "Numa Manhã Fria" e "O Fim de Lizzie" -, e ainda "O Sonho do Unicórnio" (inédito). No final do livro, o belíssimo posfácio do professor/ensaísta/poeta/cinéfilo Fernando Guerreiro (também editor da marginal Black Sun Editores), "O Mal das Flores" (título que alude a Fleurs du Mal, de Baudelaire).
Nós gostamos de fantasmas, duplos, espelhos, invisível, nevoeiro--
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