(Para minha aflição) aproximam-se dois festivais de cinema.
DocLisboa, a partir do dia 15. Destaque imediato para a homenagem a Jonas Mekas (os seu documentários são todos para ver), e o último filme (La Danse - alguma batota, invertendo a ordem natural de recepção, um video de Wiseman a falar sobre o filme; é sempre enriquecedor ouvi-lo) do maior documentarista vivo, Frederick Wiseman, que o ano passado podemos ouvir (diversas vezes) e visionar no DocLisboa. Ainda dois filmes turcos na competição internacional (imoral tapegamento meu - descubra-os). Este blogue muito dificilmente terá oportunidade de deixar impressões sobre o DocLisboa, mas por lá andará, nos intervalos do dia-a-dia (boas razões para faltar a compromissos).
Nota: como falamos de documentários, por coincidência (ou não), a Cinemateca exibe, dia 16 (às 22h), o grande doc. A China (de 1972), de Antonioni.
A Festa do Cinema Francês, já esta semana (prolongando-se até Novembro - com sessões na cinemateca), com, os mais óbvios, o novo filme de Agnés Jaoui, o novo Pedro Costa (Ne Change Rien, documentário que este blogue espreitou na reprise da Quinzena dos Realizadores, Forum des Images - espaço futurista e com excelentes condições para a exploração e conhecimento do cinema - e recomenda), homenagem a Agnes Varda e retrospectiva de Jeanne Balibar (ambas na Cinemateca) - com ela o sublime Jacques Rivette, de 2007, Ne Touchez pas la hache [adaptação de Balzac], com interpretações extraordinárias de Balibar e do tragicamnete falecido Guillaume Depardieu - como trágicos são os destinos de ambas as personagens (filme que já circulou pela blogosfera, deixando duas devotas impressões, aqui, da Cristina [blogue Dias Felizes] e aqui, do F. Frazão [Fábrica Sombria]).
... E por último, na Cinemateca (eterno retorno) a retrospectiva integral a John Huston, este mês com a sua última e interessantíssima fase (Fat City, Phobia, Wise Blood, bem como a anterior adaptação da novela de Carson McCullers, sulista, Reflexions in a Golden Eye).
Aos sábados, obras-primas lançadas ao público de forma criminosa (mais do que se pode suportar) por António Rodrigues (programador do ciclo "História Permanente do Cinema)": The Wind (1928, Sjostrom, que tem passado com frequência); Le Genou de Claire (1970, Rohmer - a filosofia do amor, um dos seis contos morais: explosão erótica naquele afagar do joelho adolescente inconsolável); Trouble in Paradise (1931, Lubitsch, um dos meus mestres, lá em cima, profanando o paraíso juntamente com Buñuel); Le Roman d'un Tricheur (1936, para se ver os malabarismos de Guitry); Renoir, Visconti, Cassavettes... por favor arranje a programação (é um desdobrável muito simpático).
Outro ciclo "Filmes de João Bénard" (repegando em muitos filmes do comovente "como o cinema era belo", programado há três[?] anos por Bénard na Gulbenkian), continua: How green was my valley (de John Ford); Mizoguchi; Dreyer.
Muitos outros pontos de interesse haverá (ver o blogue do André Dias), já me alonguei em demasia. Refiro por último um exercício de comtemplação e 'purificação' na companhia do casal Straub e Huillet, L'itinéraire de Jean Bricard (dia 15 Out às 21:30 - cinemateca).
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