O acontecimento cultural da semana. Philippe Quesne (pela mão do programador Francisco Frazão - nota 5) na Culturgest com duas peças, L'Effet de Serge (dias 5 e 6 Out.) e La Mélancolie des dragons (8 a 10).
L'Effet de Serge inicia-se com um astronauta a entrar em cena, explicando-nos o cenário. Astronauta em transição do anterior espectáculo para o que vamos presenciar (Serge). A simplicidade desarmante (quase infantil), deslumbramento, gargalhadas súbitas (em nós espectadores). Serge, protagonista algo autista, convida, ao domingo, alguns dos seus amigos para assistirem às suas performances de 1 a 3 minutos (sempre ligadas a faixas sonoras). É uma peça sobre teatro, com 4 momentos duma espécie de teatro no teatro incorporados na acção principal e que a fazem avançar: a visita dos amigos, que se tornam espectadores (de pequenas coreografias poéticas) dentro de cena - eles acabam sendo, à semelhança do protagonista no debut, astronautas aterrando indefesos em cena, na sala a-real de Serge. Única nota negativa (mas compreensiva) para a opção de traduzir ao vivo (para português), de forma sonora, as palavras 'vazias' (como se fosse um "modelo" de Robert Bresson) de Serge (ambientando-nos ao espaço), por ser desnecessário, por nos negar, por momentos a ilusão.
Ficamos, entusiasmados, à espera da segunda peça de Quesne, La Mélancolie des dragons - este fim de semana no mesmo sítio (à mesma hora).
L'Effet de Serge inicia-se com um astronauta a entrar em cena, explicando-nos o cenário. Astronauta em transição do anterior espectáculo para o que vamos presenciar (Serge). A simplicidade desarmante (quase infantil), deslumbramento, gargalhadas súbitas (em nós espectadores). Serge, protagonista algo autista, convida, ao domingo, alguns dos seus amigos para assistirem às suas performances de 1 a 3 minutos (sempre ligadas a faixas sonoras). É uma peça sobre teatro, com 4 momentos duma espécie de teatro no teatro incorporados na acção principal e que a fazem avançar: a visita dos amigos, que se tornam espectadores (de pequenas coreografias poéticas) dentro de cena - eles acabam sendo, à semelhança do protagonista no debut, astronautas aterrando indefesos em cena, na sala a-real de Serge. Única nota negativa (mas compreensiva) para a opção de traduzir ao vivo (para português), de forma sonora, as palavras 'vazias' (como se fosse um "modelo" de Robert Bresson) de Serge (ambientando-nos ao espaço), por ser desnecessário, por nos negar, por momentos a ilusão.
Ficamos, entusiasmados, à espera da segunda peça de Quesne, La Mélancolie des dragons - este fim de semana no mesmo sítio (à mesma hora).
Para quem não poder ir (amanhã) a Serge fica um pequeno video sobre a peça (e entrevista ao encenador, Quesne):
gostei muito das duas, do Serge-Tati e dos dragões Iosseliani.
ResponderEliminar